terça-feira, 17 de setembro de 2013

CARTA AO VAZIO


“Onde você está? Aonde? Você... Que ajudou a me fazer, Que me ajudou a crescer. Mas que não teve tempo de me ajudar a viver. Que lugar é esse? Que dizem ser tão bonito? Será que é? Será que é tão bom quanto você? Será que aí tem computador? E será que as pessoas falam inglês? Tem pizza, macarrão, pão francês, pimenta e alcachofra? Será que as músicas do Pavarotti chegam até aí? E... Quem está com você? Você não está sozinho, está? Quem está cuidando de você? E... Será que você nos vê? Será que você nos sente? Sente o vazio, a saudade? Agora estou triste. Mas não é sempre assim. Às vezes consigo me contentar com lembranças. Mas, às vezes sinto mais a sua falta. Sinto vontade de chorar. E choro... Escondido... Não quero que me vejam chorar... Cadê você? Está longe? Está perto? Você pode vê-lo? Pode ver como é lindo? E a alegria que ele nos traz? Só tenho uma tristeza... Ele não te conheceu. Ele não teve a mesma sorte que eu. Mas eu tento... Eu tento passar a ele tudo aquilo que, um dia, você me passou. Sinto sua falta. Sinto muito a sua falta. Só quero que esteja bem... Te amo... Até um dia... Sua filha.”

17 de setembro... Dia de sentir mais saudades... 
Que o pôr-do-sol lhe conceda uma grande festa, pappy!


Foto: Minha! Aos  anos de idade, em pleno pôr-do-sol de Peruíbe! (Fev/1986)
Texto: Meu! Aos  21 anos de idade, durante um dos muitos momentos de saudade... (Set/1995)

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