sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011
ROQUE SANTEIRO
Autor: Dias GomesCo-Autor: Aguinaldo Silva
Direção Geral: Paulo Ubiratan
Colaboração: Marcílio Moraes e Joaquim AssisSupervisão: Daniel FilhoDireção: Paulo Ubiratan, Jayme Monjardim, Gonzaga Blota e Marcos PauloExibição: 24/06/1985 a 22/02/1986Horário: 20h00Nº de caítuloa: 209
Trama/ Personagens:A trama de Roque Santeiro é desenvolvida como sátira à existência dos mitos, a necessidade de mantê-los e a fonte de renda que podem representar, sobretudo numa pequena cidade.
A história se passa na fictícia Asa Branca, um retrato do Brasil, com suas vantagens e mazelas. Asa Branca vive em função de um falso mito: o milagreiro Roque Santeiro (José Wilker), que teria morrido como mártir defendendo a cidade do bandido Navalhada (Oswaldo Loureiro). Quando o bando de Navalhada invade Asa Branca, todos os habitantes fogem, apavorados, menos Roque Santeiro – assim chamado por modelar santos de barro. Ele desaparece e é dado como morto. Logo após o incidente, uma jovem à beira da morte consegue sobreviver e diz que o rapaz aparecera para ela em uma visão. A notícia se espalha e Roque, tido como salvador da moça, é santificado. A população de Asa Branca chega a erguer uma estátua em homenagem ao herói e passa a lhe atribuir curas e milagres. “Viva Roque Santeiro!” é a frase mais ouvida em Asa Branca.
Após 17 anos, o falso santo reaparece em carne e osso, causando desespero às autoridades locais de Asa Branca, já que o fim do mito significaria a morte da cidade. As autoridades se dividem entre os que defendem que a verdade deve ser revelada e os que querem manter o falso milagre, pois precisam dele para sobreviver. Entre os que se sentem ameaçados com a volta de Roque estão o padre Hipólito (Paulo Gracindo), o prefeito Florindo Abelha (Ary Fontoura) e o comerciante Zé das Medalhas (Armando Bogus), principal explorador da imagem do santo. Quem também se vê ameaçado com o aparecimento de Roque é o poderoso fazendeiro da região, Sinhozinho Malta (Lima Duarte), pois pressente que sua relação com a pretensa “viúva” Porcina (Regina Duarte) corre perigo. Incentivada por Sinhozinho, Porcina – que sequer conhecia Roque – criara a mentira de que fora casada com o santeiro e acabou se transformando em um patrimônio da cidade. Na realidade, Porcina é uma mulher ambiciosa, extravagante e nada casta. Por conta dessa mentira, Roque acaba tendo que se hospedar na casa de sua suposta mulher, despertando o desejo da “viúva”.
Liderando o grupo que deseja revelar a verdade ao povo de Asa Branca está padre Albano (Cláudio Cavalcanti). Ele faz o contraponto com o padre Hipólito e é chamado de “padre comunista”. Através do personagem, a novela abordou um tema em voga na época, a divisão da Igreja Católica entre tradicionalistas e adeptos da teologia da libertação. Progressista, padre Albano luta a favor dos trabalhadores de Asa Branca e faz de tudo para revelar que o mito de Roque não passa de uma farsa. Em determinado momento da trama, ele tem um envolvimento com a filha de Sinhozinho Malta, Tânia (Lídia Brondi), uma jovem contestadora que está em permanente atrito com o pai. Após muitas dúvidas, padre Albano acaba resistindo aos encantos da jovem e termina a novela sozinho: “Sem a Igreja, sou como um soldado sem Exército”, diz à Tânia, explicando sua decisão.
A chegada de Roque Santeiro também atinge em cheio a vida de outra moradora de Asa Branca: Mocinha (Lucinha Lins), a verdadeira noiva de Roque. Mocinha nunca se conformou com o desaparecimento do noivo e esperou por seu amor, mantendo-se casta. Ao revê-lo, sua paixão reascende e ela se enche de esperança. Filha do prefeito de Asa Branca, Forindo Abelha, e da beata dona Pombinha (Eloísa Mafalda), Mocinha é cortejada pelo soturno professor Astromar Junqueira (Rui Rezende).
Além do aparecimento de Roque Santeiro, a chegada de Matilde (Yoná Magalhães) também movimenta a vida de Asa Branca. Velha amiga de Sinhozinho Malta, ela monta uma boate, a Sexus, e traz do Rio de Janeiro duas sensuais dançarinas: Ninon (Cláudia Raia) e Rosaly (Isis de Oliveira). O trio de mulheres enfrenta a oposição de Padre Hipólito e das beatas da cidade, lideradas por Dona Pombinha Abelha.
Asa Branca ainda se vê agitada pela equipe de cinema que chega à cidade para filmar a história de Roque Santeiro. Nesse núcleo, merece destaque o personagem de Fábio Jr., o ator mulherengo Roberto Mathias, que interpreta Roque Santeiro no filme. Roberto se envolve com a viúva Porcina, com Tânia, com Marilda Mathias (Elisângela) e com a reprimida Lulu (Cássia Kiss), esposa de Zé das Medalhas. Em determinado momento da novela, Marilda engravida e fica sem saber se o pai da criança é Roberto Mathias ou Sinhozinho Malta, com quem ela também teve um romance.
A sofrida Lulu é mais uma personagem de destaque de Asa Branca. Ela é a menina que diz ter visto Roque depois de morto, fato que modificou muito sua vida. Muitos achavam que ela deveria dedicar-se à religião e entrar para um convento, mas Lulu tem ânsia de viver. No entanto, é reprimida pelo marido, que a obriga a ficar em casa, como uma prisioneira, cuidando dos filhos. Sufocada com a opressão de Zé das Medalhas, ela decide dar uma reviravolta em sua vida, mas acaba se envolvendo com o mau-caráter Ronaldo César (Othon Bastos), ex-marido de Matilde, que aparece em Asa Branca para explorar a ex-mulher.
Para completar a agitada rotina de Asa Branca, um mistério desperta a curiosidade de toda a população: quem é o lobisomem que aparece nas noites de lua cheia e ataca as mulheres da cidade? O principal suspeito é o professor Astromar Junqueira, por seu jeito misterioso e um tanto sombrio. No capítulo final, o telespectador descobre que o professor é realmente o lobisomem.
No final da novela, Roque concorda em deixar Asa Branca. A dúvida de com quem Porcina escolheria ficar perdurou até a última cena, inspirada no filme Casablanca. A viúva não sabe se embarca com Roque num avião ou continua na cidade ao lado de Sinhozinho. Enfim, ela decide ficar com o coronel e os dois, juntos, acenam para Roque.
A empatia entre Sinhozinho Malta e a viúva Porcina, protagonistas de cenas memoráveis, conquistou o público. As hilárias brigas do casal que vivia uma conturbada relação faziam muito sucesso. Sinhozinho, para pedir perdão à amada, chegou a ficar de quatro, imitando um cachorro, e lambeu a mão de sua "dona", Porcina.
Os ataques e as manias de Porcina também renderam cenas preciosas. Extravagante e cheia de si, ela vivia levantando os seios com as mãos e limpando os cantos da boca borrados sempre pelo batom escandaloso. Exagerada, não conseguia chamar pela empregada a não ser com o estridente grito: “Minaaaaaaaaaaaaaaa” (Ilva Nino). Porcina e Sinhozinho combinavam ainda no jeito de se vestir. Cada um com seu estilo. Ela, de forma extravagante: drapeados, babados, decotes profundos, cores fortes, óculos berrantes, turbante, brilho de dia e de noite. Ele, muito cafona: o braço cheio de pulseiras, relógio e colares de ouro, chapéus inspirados no seriado americano Dallas, colarinhos com biqueiras de metal prateado e perucas. Destaque para seu carro, enfeitado com dois enormes chifres de boi.
Os efeitos sonoros marcaram alguns personagens de Roque Santeiro. Quando Sinhozinho Malta estava nervoso, sacudia o relógio e as pulseiras de ouro que trazia no braço e ouvia-se o som de uma cascavel, misturado ao som do chocalho das pulseiras. O bordão – “Tô certo ou tô errado?” – completava a ação do coronel. Já no tique nervoso de Zé das Medalhas, que vivia esticando o queixo, ouvia-se o barulho de ossos estalando. Outro efeito sonoro marcante era o que pontuava as cenas em que Sinhozinho Malta demonstrava como decepava a parte íntima de seus inimigos e de seus bois. O gesto vinha acompanhado do som de uma guilhotina.
Produção:1) Roque Santeiro teve uma das mais célebres aberturas idealizadas pelo designer Hans Donner. Bóias-frias, carros e tratores andavam livremente sobre folhas, milhos, frutas e rochas gigantes. Para produzi-la, foi utilizado o recurso chromakey (processo eletrônico pelo qual a imagem captada por uma câmera pode ser inserida sobre outra imagem, como se fossem respectivamente primeiro plano e fundo). Em algumas cenas a equipe trabalhou com miniaturas de carros, kombi e caminhões, formando um engarrafamento sobre uma vitória-régia natural. A vinheta mostrava uma motocicleta em alta velocidade, andando sobre um coco, e um carro de boi trafegando sobre uma espiga de milho.
2) A cidade cenográfica de Roque Santeiro foi montada em Guaratiba, aproveitando a vegetação local, e exigiu uma produção cuidadosa. Para dar vida à Asa Branca, Mário Monteiro criou uma cidadezinha que fosse parecida com Juazeiro do Norte, no Ceará, Porto das Caixas, no Rio de Janeiro, e Aparecida, em São Paulo – cidades que vivem em função da religiosidade popular. Asa Branca se parece com as três, mas tem sua identidade própria. Em tempo recorde – 20 dias –, 180 homens construíram 26 prédios de madeira tratada para ter maior durabilidade. Algumas construções, como a barbearia e a igreja, tiveram o interior montado junto com a fachada, o que reduzia as gravações em estúdio e permitiam uma visão parcial das dependências internas. O grande destaque da cidade cenográfica era o centro de Asa Branca, mais precisamente a Praça da Matriz, onde ficavam a estátua de Roque Santeiro e as barraquinhas que vendiam todo tipo de suvenir do “santo”. Lá, reuniam-se também os romeiros que acorrem à cidade. A vegetação que cercava a praça era cenográfica. Para dar unidade aos jardins e hortas das casas, a produção contratou uma equipe de paisagistas.
3) A cenografia teve a preocupação de retratar diversas regiões brasileiras num cenário só. Para isso, foi feita uma colagem de símbolos e signos de diferentes locais do país. Misturou-se o colonial carioca com o nordestino, construções da região Central com elementos do Sul, tudo com o objetivo de representar em Asa Branca o Brasil por inteiro. Os sotaques dos personagens seguiam essa mesma linha: nordestino (Sinhozinho Malta e Porcina), mineiro (Seu Flô), gaúcho (o delegado) e carioca (Matilde, Ninon e Rosaly).
Curiosidades:1) Em 1975, dez anos antes da estréia de Roque Santeiro, uma outra versão da novela havia sido censurada antes mesmo de estrear. O veto foi estabelecido depois que a Delegacia de Ordem Política e Social (Dops) descobriu que Dias Gomes estava adaptando um texto teatral de sua autoria escrito em 1963, "O berço do herói", proibido pela Censura Federal. Na ocasião, já haviam sido gravados 36 capítulos da novela, então protagonizada por Betty Faria, Lima Duarte e Francisco Cuoco.
2) No dia da proibição, o locutor Cid Moreira leu no Jornal Nacional um editorial assinado pelo presidente da Rede Globo, Roberto Marinho, anunciando o veto. Em meio à comoção da equipe, a emissora teve apenas três meses para produzir outra novela. Enquanto isso, exibiu-se uma reprise compacta de "Selva de pedra" (1972), de Janete Clair, posteriormente substituída por "Pecado capital"(1975), da mesma autora. Para a realização desta novela, parte do elenco e dos cenários de Roque Santeiro foi aproveitada. Embora tenha sido produzida e gravada às pressas, "Pecado capital" acabou tornando-se um marco da teledramaturgia brasileira.
3) A versão de 1985 de Roque Santeiro era praticamente a mesma que fora censurada em 1975. Quase nenhum personagem foi introduzido e a trama central da história manteve-se idêntica, com poucas adaptações. Na versão atual, Asa Branca deixou de ser apenas uma cidade do interior da Bahia para representar uma miscelânea brasileira.
4) Roque Santeiro foi a primeira novela de Dias Gomes exibida as 20h00. Até então, o autor escrevia novelas para às 22h00.
5) Aguinaldo Silva passou a escrever Roque Santeiro a partir do capítulo 41. Partindo do argumento criado por Dias Gomes, o autor recebeu a incumbência de escrever as partes central e final da história. Para isto, contou com a colaboração de três profissionais: os escritores Marcílio Morais e Joaquim de Assis e a pesquisadora Lilian Garcia. Aguinaldo Silva conta que, quase no final da trama, no capítulo 163, Dias Gomes declarou que gostaria de finalizar Roque Santeiro e acabou escrevendo os capítulos finais da novela.
6) O extravagante figurino da “viúva” Porcina virou moda, dando origem ao “Porcina’s look”: maquiagem exagerada, vestidos colantes, em geral de seda, para realçar a silhueta, com drapeados e decotes profundos, cores e bijuterias extravagantes, muito brilho, chapéus, turbantes, óculos berrantes e sapatos de saltos altíssimos.
7) O personagem de Lima Duarte também mexeu com a vaidade masculina. Segundo dados da época, Sinhozinho Malta fez a produção nacional de perucas aumentar. As vendas de perucas masculinas aumentaram 80% no país.
8) Numa interpretação primorosa, a atriz Regina Duarte surpreendeu fazendo a cômica e exuberante Porcina, muito diferente dos tipos vividos por ela anteriormente – e que contribuíam para consolidar a sua imagem como “namoradinha do Brasil”.
9) Alguns atores escalados para a primeira versão atuaram na nova. Lima Duarte (Sinhozinho Malta), João Carlos Barroso (Jiló), Luiz Armando Queiroz (Tito) e Ilva Niño (Mina). Milton Gonçalves, que interpretava o padre Hipólito na primeira versão, ganhou o papel do promotor público. Elizângela, que deu vida à Tânia, em 1975, entrou no elenco como Marilda. A atriz conta que ao saber que Roque Santeiro finalmente seria levada ao ar, foi pessoalmente conversar com o diretor Paulo Ubiratan e pediu um papel na novela.
10) Roque Santeiro foi a primeira novela dos atores Maurício Mattar, Claudia Raia e Patrícia Pillar.
11) A novela contou com participações especiais de peso: Lilian Lemmertz, Dennis Carvalho, Marcos Paulo, Paulo César Pereio, Tarcísio Meira, Cláudio Gaya e Jorge Fernando. Os dois últimos interpretaram dois costureiros que iam da capital à Asa Branca especialmente para fazer o vestido de noiva da viúva Porcina, rendendo cenas hilárias à trama.
12) Em Recife, segundo jornais da época, a audiência de Roque Santeiro levou candidatos às eleições para deputado a cancelarem comícios no horário em que a novela era exibida.
13) Roque Santeiro atingiu recordes de audiência na primeira semana de exibição. O índice de audiência deu à Rede Globo o prêmio Destaque de Marketing 1985, da Associação Brasileira de Marketing.
14) O ator José Wilker conta que a TV Globo tinha um projeto de desenvolver um seriado a partir de Roque Santeiro – como aconteceu com "O bem amado".
15) A novela foi reapresentada duas vezes: a primeira, entre 01/07/1991 e 03/01/1992, no final da tarde; a segunda, 11/12/2000 e 29/06/2001, em "Vale a pena ver de novo", como parte da programação de comemoração dos 35 anos da TV Globo.
16) A novela foi vendida para vários países, entre eles Angola, Argentina, Canadá, Chile, Cuba, Espanha, Estados Unidos, México e Portugal.
Trilha sonora:1) A trilha sonora de Roque Santeiro obteve enorme sucesso e levou a gravadora Som Livre a abrir um precedente: pela primeira vez deixou de produzir a trilha sonora internacional de uma novela para lançar um segundo volume da trilha nacional. O volume I vendeu mais de meio milhão de cópias em apenas três meses.
2) A trilha sonora de Roque Santeiro era muito elaborada, repleta de canções de destaque. A música-tema da viúva Porcina era "Dona", de Sá & Guarabyra, interpretada pelo grupo Roupa Nova. A canção que embalava as cenas de Roque era "De volta pro aconchego", de Dominguinhos e Nando Cordel, interpretada por Elba Ramalho. "Sem pecado e sem juízo", cantada por Baby Consuelo, era outro destaque da trilha, assim como "Mistérios da meia-noite", sucesso de Zé Ramalho, que pontuava as cenas que envolviam o lobisomem. Destacam-se ainda a música de abertura, "Santa fé", de Moraes Moreira e Fausto Nilo, e "ABC do Santeiro", também da dupla Sá e Guarabyra.
Elenco:Alexandre Frota: LuizãoAlfredo Murphy: AlemãoAna Luiza Folly: NoêmiaÂngela Figueiredo: Selma SoteroÂngela leal: OdeteAntônio Pitanga: capangaArmando Bógus: Zé das MedalhasArnaud Rodrigues: Cego GeremiasArthur Costa Filho: Dr. DenilsonAry Fontoura: Prefeito Florindo AbelhaBruno Andrade: RaulCássia Kiss: Lulu (Lugolina)Cininha de paula: secretária de Sinhozinho Malta
Cláudia Costa: CarlaCláudia Raia: NinonCláudio Cavalcanti: Padre AlbanoCláudio Tovar: JurandirCristina Galvão: DondinhaDavid Leroy: ator "Sinhozinho Malta"Dedina Bernadelli: Ângela FloresDennis Carvalho: TomaziniDudu Moraes: participação especialEdyr de castro: NininhaElizângela: MarildaEloísa Mafalda: Pombinha AbelhaEwerton de Castro: Gerson do ValeFábio Jr.: Roberto MathiasFernando Amaral: ator "Padre Hipólito"Fernando José: OliveiraGabriela Bicalho: TininhaGabriela Senra: Lulu manina (participação especial)Gilson Moura: TiãoHeloísa Helena: madreIlva Niño: MinaIsis de Oliveira: RosalyIvan Setta: ator "Navalhada"João Carlos Barroso: Toninho Jiló
Jorge Coutinho: participação especialJorge Fernando: Lúcio ArmandoJosé Wilker: Roque SanteiroKeina Krespi: IdalvinaLícia Magna: SinhanaLídia Brondi: TãniaLídia Iório: D.MartaLílian Lemmertz: Margarida (participação especial)Lima Duarte: Sinhozinho MaltaLucinha Lins: MocinhaLuiz Armando Queiroz: Tito FrançaLuiz Magnelli: Decembrino
Lutero Luiz: Dr. Cazuza (participação especial)Malik dos Santos: Tiquinho
Marcos Paulo: Jorge di LimaMaurício do Valle: Delegado FeijóMaurício Mattar: João LigeiroMilton Gonçalves: Lourival (promotor público)
Nélia Paula: Amparito HernandezNelson Dantas: Beato SaluOswaldo Loureiro: Navalhada
Othon Bastos: Ronaldo César
Paschoal Vilaboim: capangaPatrícia Pillar: Linda BastosPaulo César Peréio: Delegado Benevides (participação especial)
Paulo Gracindo: Padre Hipólito
Regina Dourado: Efigênia
Regina Duarte: Viúva Porcina
Rui Rezende: Professor Astromar Junqueira
Sandro Solviat: Sua Majestade
Tarcísio Meira: Cel. Emerenciano Castor (participação especial)Tony Tornado: Rodésio
Waldir Santana: Terêncio
Wanda Kosmo: Marcelina
Wilson Pastor: fotógrafo (participação especial)Yoná Magalhães (Matilde)
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